Aerospace, Defense, Technology, Brazilian Defense Market
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Super Tucano na USAF
27/02/2013 - 21h29
INDÚSTRIA NACIONAL - Brasil vende aviões Super Tucano para os Estados Unidos
O avião brasileiro Super Tucano foi anunciado na noite desta quarta-feira (27/2) como o vencedor de uma concorrência para equipar a Força Aérea dos Estados Unidos. A aeronave foi desenvolvida pela Embraer nos anos 90 a partir de requisitos elaborados pela Força Aérea Brasileira. Com a confirmação da compra dos EUA, o produto nacional chega agora a nove clientes de exportação.
"É um orgulho para a FAB e para o Brasil saber que um avião idealizado em solo nacional, para atender necessidades operacionais de nossa Forca Aérea, tem a sua qualidade reconhecida internacionalmente", disse o Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, Comandante da Aeronáutica. No Brasil, o principal uso do Super Tucano é em missões de vigilância das regiões de fronteira a partir das Bases de Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR). "A cada dia, nós comprovamos o poder desse avião de defender nosso país", completou o Brigadeiro.
Os Estados Unidos devem adquirir 20 Super Tucanos, em um negócio avaliado em US$ 427,5 milhões. Chile, Colômbia, Equador, Indonésia, República Dominicana, Angola, Mauritânia e Burkina Fasso também já adquiriram a aeronave. De acordo com a Embraer, já há mais de 200 encomendas do Super Tucano, o que já o torna a aeronave de combate mais vendida na história da indústria de defesa brasileira. Cento e setenta já foram entregues.
Desenvolvimento
O Super Tucano voou pela primeira vez no dia 2 de junho de 1999. O projeto da Embraer precisava cumprir o requisito da Força Aérea Brasileira de uma aeronave de baixo custo operacional que fosse ideal para interceptar aeronaves de pequeno porte que tentassem sobrevoar o Brasil sem autorização. Para isso, a aeronave é armada com duas metralhadoras calibre .50 e tem sistemas de bordo comparáveis com os mais modernos aviões de caça. Possui óculos de visão noturna (NVG) para os pilotos e telas coloridas multifunção no lugar dos tradicionais mostradores analógicos. O avião também pode levar bombas, mísseis e foguetes sob suas asas.
As primeiras entregas para a FAB aconteceram em agosto de 2004. Ao todo, 99 aeronaves foram adquiridas. Além das missões de defesa aérea, os Super Tucano também cumprem missões de treinamento de futuros pilotos de caça, ataque e reconhecimento. Em 2012, também foram recebidas as primeiras unidades para a Esquadrilha da Fumaça, que deve se apresentar com seus novos Super Tucano ainda este ano. Na FAB, a aeronave é designada A-29.
Em ação
Em agosto de 2011, os Super Tucano ganharam destaque nacional depois de missões que interditaram pistas de pouso clandestinas na região Amazônica, que possivelmente eram utilizadas por traficantes e contrabandistas. A ação ocorreu já na primeira edição da Operação Ágata, que em suas seis edições contaram com a presença dos A-29.
Os Super Tucano também foram empregados nas ações de segurança durante eventos como a Rio + 20, posse da Presidenta Dilma Rousseff e visita de Barack Obama. O planejamento da Força Aérea Brasileira também prevê seu uso durante a Copa do Mundo, Copa das Confederações e Olimpíadas. "O Super Tucano é, sem dúvida, a melhor aeronave hoje em operação no mundo para atuar nesse nicho, que é o ataque leve e a defesa aérea contra aeronaves de pequeno porte", afirma o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Saito.
Fonte: FAB
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Posse das novas diretorias da ABIMDE e do SIMDE
Matéria do amigo jornalista e fotógrafo Roberto Caiafa, da Tecnologia & Defesa.
ABIMDE & SIMDE
Novos presidentes tomam posse em SP
Por Roberto Valadares Caiafa
31/1/2013
Sami Youssef Hassuani, novo presidente da ABIMDE (Fotos: Roberto Caiafa)
ABIMDE tem novo presidente
Novos projetos do governo brasileiro elevam a
expectativa de investimentos no setor de Defesa Brasileiro de US$ 40
bilhões para US$ 100 bilhões nos próximos vinte anos
Em cerimônia realizada na sede do 8º
Distrito Naval em São Paulo nesta quinta feira, a Associação Brasileira
das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) deu posse a
seu novo presidente, Sami Youssef Hassuani, e a nova diretoria. A
entidade representa mais de 180 empresas da Base Industrial de Defesa
(BID) brasileira, e vem tendo um papel importante em diversas conquistas
do segmento, especialmente após a introdução da Estratégia Nacional de
Defesa (END) em 2008. Na mesma ocasião, o Sindicato Nacional das
Indústrias de Defesa (SIMDE) realizou a troca de comando na presidência
da instituição. Saiu Carlos Frederico Queiroz de Aguiar (que também
entregou o cargo na ABIMDE) e assumiu em seu lugar Carlos Erane de
Aguiar, seu pai. Dentre as autoridades presentes, o comandante da Força
Aérea Brasileira, brigadeiro-do-ar Juniti Saito, o chefe do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general-de-exército José Carlos de
Nardi (representando o Ministro da Defesa), o chefe do Estado Maior da
FAB, brigadeiro-do-ar Aprígio Azevedo, o comandante do 8º Distrito
Naval, vice-almirante Luiz Guilherme Sá de Gusmão, o chefe do
Departamento de Produto de Defesa (Deprod), do Ministério da Defesa,
general Aderico Mattioli, a deputada federal Maria Perpétua Almeida, da
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos
Deputados (CREDN), o prefeito de São Bernardo do Campo, Senhor Luis
Marinho, além de empresários da Base Industrial de Defesa, militares,
civis convidados e a imprensa especializada.
A mesa de autoridaes composta, da esquerda para a direita, pelo comandante do 8º Distrito Naval, vice-almirante Luiz Guilherme Sá de Gusmão, Sami Hassuani, novo Presidente da ABIMDE, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general-de-exército José Carlos de Nardi, comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro-do-ar Juniti Saito, Carlos Frederico Queiroz de Aguiar e o novo presidente do SIMDE, Carlos Erane de Aguiar (acima e abaixo)
Carlos Frederico Aguiar destacou no seu discurso de
entrega do cargo o amadurecimento da ABIMDE, citando como exemplos
recentes a participação de empresas da Base Industrial de Defesa em oito
grandes feiras internacionais, resultado de uma parceria com a Agência
de Promoção de Exportações do Brasil (APEX Brasil); a participação em
mais de vinte fóruns em diversos estados do país; a realização do evento
BID Brasil no Distrito Federal, as negociações e gestões junto ao
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA) e a Agência Nacional de
Aviação Civil (ANAC) visando à regulamentação de emprego e uso de
veículos aéreos não tripulados (VANT); a introdução e adoção de novos
sistemas de simulação para treinamento militar no País, a visita de 13
delegações estrangeiras interessadas em conhecer os produtos de defesa
brasileiros; a definição de uma agenda constantemente renovada entre a
ABIMDE e o Ministério da Defesa; a intensa integração da ABIMDE com os
diversos órgãos do governo federal na esfera econômica e política para o
estabelecimento de uma gestão político-governamental para o setor de
Defesa; e a mobilização pela regulamentação da lei nº 12.598 (lei que
versa sobre as licitações e contratações de produtos e serviços
estratégicos de defesa, restritos a empresas credenciadas como empresa
estratégica de defesa - EED).
O novo presidente do SIMDE, Carlos Erane de Aguiar (acima) e auditório lotado de autoridades e convidados prestigiando a cerimônia (abaixo)
Ao falar pela primeira vez como novo presidente, Sami
Hassuani defendeu como linha de ação de sua gestão a consolidação da
ABIMDE nas relações entre o setor de Defesa e a classe política
nacional, visando à recuperação da capacidade de investimentos
estratégicos do Estado Brasileiro e a criação de tecnologia nacional. O
dirigente ressaltou o enorme potencial de geração de spin offs
(tecnologias de uso dual militar e civil), os avanços em educação
através da capacitação de mão de obra altamente qualificada, gerando
alto valor agregado ao produto de Defesa, especialmente na sua
exportação; e a necessidade de uma maior integração entre os órgãos
federais e forças políticas de projeção nacional visando a obtenção de
recursos para a BID.
Segundo Hassuani “O momento é único. Temos de
entender que a parte econômica do governo da presidente Dilma está
alinhado a parte estratégica, responsável por pensar todo o aparato de
Defesa Nacional”. E continua “As dificuldades nas áreas técnica,
legislativa e política estão sendo elencadas pelo projeto Diagnóstico da BID, um
mapeamento de toda a cadeia produtiva do setor através de questionários
enviados as empresas, trabalho realizado em parceria com a Universidade
Federal Fluminense, está ajudando na construção do relacionamento cada
vez mais integrado com o Ministério da Defesa, Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da Fazenda e
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Essas ações, somadas a
busca pela regulamentação do Regime Tributário das Indústrias de Defesa,
o RTID, que desonera as companhias do setor nas vendas de produtos e
serviços para o governo, serão as bases da minha gestão a frente da
ABIMDE”.
O setor de Defesa Brasileiro
Segundo a ABIMDE, as companhias que atuam no mercado
de Defesa geram juntas na atualidade cerca de 30 mil empregos diretos e
120 mil indiretos, movimentando US$ quatro bilhões por ano entre
importações e exportações. Em 20 anos, se todos os investimentos
previstos no setor de Defesa se concretizarem (US$ 180 bilhões), o
número de empregos deverá mais que dobrar (60 mil empregos diretos e
240mil indiretos) para garantir os programas voltados para vigilância de
fronteiras marítimas, aéreas e terrestres como SISFRON – Sistema de
Vigilância de Fronteiras, o SISGAAZ – Sistema de Gerenciamento da
Amazônia Azul, e o novo Programa PROTEGER, que visa a defesa de
instalações críticas da infraestrutura nacional em terra e no mar com
investimentos anunciados de US$ 30 bilhões, o PROSUPER e a obtenção pela
Marinha de novos meios de superfície como escoltas, patrulhas e um
navio anfíbio multipropósito, O FX-2 e a escolha do novo vetor de
combate da Força Aérea Brasileira, uma encomenda inicial de 36 unidades,
e o PROSUB, que vai dar ao país uma nova arma, o submarino nuclear de
ataque de tecnologia nacional e quatro belonaves do tipo convencional
baseadas no projeto Scorpenne, mais uma base e estaleiro naval
especialmente construída para a operação destes meios.
Assinar:
Postagens (Atom)