Presidenta Dilma sanciona lei que cria a Amazul
Brasília, 09/08/2012
– A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou nesta
quarta-feira (8) a portaria que autoriza a criação da empresa pública
Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul). A empresa será vinculada
ao Ministério da Defesa por meio do Comando Geral da Marinha e terá como
finalidade desenvolver o setor nuclear do país.
De acordo com
texto do projeto, a empresa vai ser direcionada ao aprimoramento “de
tecnologias necessárias às atividades nucleares da Marinha do Brasil e
do PNM [Programa Nuclear da Marinha] e da indústria militar naval
brasileira, destacando-se a construção de submarinos para a Marinha do
Brasil”.
Serão competências da Amazul, também, o fomento à
implantação de novas indústrias no setor nuclear e auxílio técnico a
elas; o estímulo financeiro para atividades de pesquisa na área; a
elaboração de estudos e trabalhos de engenharia; a construção de
protótipos para o desenvolvimento de submarinos, além de capacitação de
pessoal. O projeto passou pelo crivo dos senadores ontem (11) à noite e
será submetido à sanção da presidenta Dilma Rousseff.
Nova empresa
A
Amazul será criada a partir da cisão parcial da Empresa Gerencial de
Projetos Navais (Emgepron), que vai transferir funcionários que
trabalham com atividades relacionadas ao PNM para compor o quadro da
nova estatal. Posteriormente, será aberto concurso público para
provimento de cargos. A estatal terá sede em São Paulo e poderá,
futuramente, estabelecer escritórios e filiais em outros estados e no
exterior.
A estrutura administrativa contará com uma Assembleia
Geral, um Conselho de Administração, uma Diretoria Executiva e um
Conselho Fiscal, ficando a cargo do estatuto social da empresa a
definição da composição, atribuições e funcionamento das entidades
associadas.
No parecer ao PLC, o relator da matéria, senador
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), diz que a criação da estatal vai
possibilitar “o fortalecimento de nosso equipamento naval a partir de
recursos humanos e tecnológicos desenvolvidos no nosso próprio País, de
forma a garantir a nossa independência na exploração de atividades
nucleares para fins pacíficos”.
Proposta
O
governo federal criou, em julho de 2008, o Comitê de Desenvolvimento do
Programa Nuclear Brasileiro (PNB) com a função de fixar metas e
diretrizes para a realização desse programa.
As atividades do comitê
tiveram a participação de oito ministérios, entre eles o da Defesa, e o
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Foi no
âmbito desse comitê que surgiu a proposta da Amazul.
Na Exposição
de Motivos Interministerial nº 97, de 20 de março de 2012, os
Ministérios da Defesa, Fazenda e do Planejamento manifestaram a intenção
do governo de construir um submarino com propulsão nuclear e que se
tratava de algo já válido para a criação de uma empresa pública que
abrigue as atividades do PNB.
Ministério da Defesa (www.defesa.gov.br)
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