Fotos e matéria de Roberto Caiafa sobre o evento ocorrido nos últimos dias 17 e 18 encontram-se no site da Revista Tecnologia & Defesa: http://www.tecnodefesa.com.br/materia.php?materia=397 .
Abaixo, matéria da Assessoria de Comunicação da ABIMDE.
Indústria brasileira de defesa apresenta inovações durante a primeira Mostra BID-Brasil
Nos próximos dias 17 e 18 de agosto, acontece a
Mostra BID-Brasil, reunindo cerca de 50 empresas brasileiras que
compõem a Base Industrial de Defesa e Segurança (BID). A Mostra,
promovida pela ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais
de Defesa e Segurança), com apoio da Apex-Brasil (Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos), e do Ministério da Defesa,
será realizada na Base Aérea de Brasília. A entrada é gratuita.
Este evento inédito no país vai reunir, em Brasília, as principais
soluções tecnológicas produzidas pela indústria de defesa nacional.
Serão apresentadas soluções e equipamentos como aeronaves, radares, VANT (veículo aéreo não
tripulado), veículos blindados e embarcações pneumáticas. Entre os
expositores, estarão alguns dos líderes do setor, como Embraer, OrbiSat,
Atech, AVIBRAS, Iacit, CBC, Condor, Flight Technologies, AEL, Emgepron,
Imbel, SKM e Mectron.
Além de conhecer os projetos ligados à defesa nacional, os visitantes
poderão verificar como tais tecnologias estão sendo aplicadas no dia a
dia da sociedade. “Muitos desses projetos iniciam-se no âmbito da defesa
nacional, mas a tecnologia é dual (militar e civil) e passa a ser
aplicada em soluções civis”, comenta Carlos Afonso Pierantoni Gambôa,
vice-presidente executivo da ABIMDE.
Segundo ele, os exemplos são os mais variados, tais como projetos de
purificadores de ar, concebidos inicialmente para serem empregados em
submarinos e que passaram a ser adotados em salas de cirurgias e de
pesquisas científicas. Robôs subaquáticos, projetados para atuar em
áreas de conflito e realizar o desarme de minas, também passaram a ser
empregados na indústria de óleo e gás, sendo comumente encontrados em
operações nas plataformas de petróleo,evitando a exposição de
mergulhadores a possíveis riscos.
Já o VANT tem papel importante tanto no setor militar quanto no
civil. As Forças Armadas vêm adotando esse equipamento há muitos anos no
patrulhamento de áreas remotas. Já a sua aplicação no controle
ambiental também pode ser verificada, como no combate a queimadas, por
exemplo, ou mesmo no levantamento de áreas desmatadas.
“Esses e muitos outros exemplos mostram que a nossa indústria de
defesa é capaz de fornecer muitas soluções, as mais avançadas e atender
tanto ao setor militar quanto ao civil. Os investimentos em novos projetos e novas pesquisas
são essenciais para a manutenção desse potencial. A Mostra BID-Brasil
tem esse objetivo de revelar o que já é possível encontrar no país”, ressalta o vice-presidente da ABIMDE.
Para o chefe do Departamento de Produto de Defesa (Deprod), do
Ministério da Defesa, general Aderico Mattioli, trata-se de uma
oportunidade para a indústria de defesa nacional mostrar a qualidade de
seus produtos a potenciais compradores. “O Ministério da Defesa vem se
articulando, nos últimos meses, para alavancar o setor e assegurar maior
participação na balança comercial do país".
No dia 17, pela manhã, será realizado o Workshop de Soluções de Defesa,
voltado para os adidos militares estrangeiros com palestras de
representantes dos Ministérios da Defesa e de Relações Exteriores, da
Apex-Brasil e da ABIMDE. Segundo o presidente da Apex-Brasil, Mauricio
Borges, a Mostra BID-Brasil será uma oportunidade para as empresas
nacionais apresentarem soluções e equipamentos voltados às políticas
públicas de defesa e segurança. “Esses
produtos e serviços têm importante presença na pauta de exportação”.
O FUTURO DO SETOR
O setor de defesa no Brasil está em plena ascensão. AABIMDE,
representante oficial do segmento no país, possui, atualmente, 170
empresas associadas. De acordo com a entidade, as companhias que atuam
no mercado de defesa geram, juntas, cerca de 25 mil empregos diretos e
100 mil indiretos, movimentando mais de US$ 3,7 bilhões/ano, sendo US$
1,7 bilhão em exportação, e US$ 2 bilhões em importação.
Conforme estudo realizado pela ABIMDE, esse número pode mais que
dobrar nos próximos 20 anos devido aos grandes projetos anunciados pelo
governo nos últimos meses. A expectativa é de que os investimentos girem
na ordem de US$ 120 bilhões a longo prazo, sendo US$ 40 bilhões já
anunciados para programas voltados para vigilância das fronteiras
marítimas, aéreas e terrestres do país, entre eles o Sisfron (Sistema de
Vigilância da Fronteira), o Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da
Amazônia Azul), o Prosuper (Programa de Aquisição de Navios de
Superfície) e o F-X2 (que dotará a Força Aérea Brasileira de aeronaves
de caça e ataque de última geração).
De acordo com a entidade, até 2020, o Brasil tem a possibilidade
concreta de praticamente dobrar o número de postos de trabalho altamente
especializados. A estimativa é de que o setor gere cerca de 48 mil
novos empregos diretos e 190 mil indiretos. Já para 2030, a expectativa é
ainda melhor, passando para 60 mil novas vagas diretas e 240 mil
indiretas. Esse cenário pode colocar a indústria brasileira em 15º lugar
no ranking dos grandes players mundiais de defesa.
Um fator que pode ser primordial para consolidar o setor no país é o
apoio do governo. Em 2011, a presidenta Dilma Rousseff assinou a Medida
Provisória nº 544, que estabelece mecanismos de fomento à indústria
brasileira de defesa. Trata-se de um desdobramento do Plano Brasil Maior
que visa ao aumento da competitividade da indústria nacional a partir
do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor. Em março
deste ano, a medida foi aprovada e transformou-se na Lei nº 12.598 –
que, agora, será regulamentada sob a coordenação do Ministério da
Defesa.
Rossi Comunicação
Jornalista responsável: Valéria Rossi (MTB: 028.207)
Claudia Pereira (MTB: 29.849)
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