Estimativa sobre vagas abrange empregos diretos e indiretos
nos próximos 20 anos
Agência O Vale / Xandu Alves
A Embraer prevê a criação de 20.400 empregos diretos e
indiretos durante as fases de desenvolvimento e produção do cargueiro militar
KC-390, que está sendo projetado na unidade de São José dos Campos.
A expectativa da companhia é construir os protótipos e fazer
o voo inaugural até o final de 2014. A primeira entrega foi prevista para 2016.
Na avaliação do presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz
Carlos Aguiar, o projeto entrará na fase de pico do desenvolvimento no primeiro
semestre de 2013, com a geração de 1.300 empregos diretos e 6.500 indiretos.
Atualmente, 1.000 engenheiros trabalham no projeto do
cargueiro, cuja revisão preliminar foi concluída em agosto deste ano por
técnicos da Embraer e militares da FAB (Força Aérea Brasileira).
Um modelo em escala 1:6 do avião passou por testes em túneis
de vento em empresas da Inglaterra, França, Estados Unidos e Holanda.
Com 35,20 metros de comprimento e 35 metros de envergadura,
o KC-390 será a maior aeronave construída pela indústria brasileira.
Produção/ A Embraer informou que o cargueiro será produzido
na unidade da empresa em Gavião Peixoto.
Nesta fase, que começa logo após os voos de testes,
previstos para 2014, serão gerados 2.100 empregos diretos e 10.500 indiretos em
toda a cadeia aeroespacial, que está concentrada em São José e no Vale do
Paraíba.
Ainda segundo a avaliação da fabricante, os empregos gerados
pelo cargueiro representaram uma movimentação de renda de cerca de R$ 6,8
bilhões durante 20 anos, prazo projetado pelo plano de negócios da aeronave.
Nesse período, o país deverá arrecadar R$ 6 bilhões em
impostos em torno do KC-390.
Otimismo/ Gerente executivo do Cecompi (Centro para
Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista), Agliberto Chagas disse que
as perspectivas para a cadeia de produção na região são “as melhores
possíveis”, quase um “céu de brigadeiro”.
O projeto e a produção do cargueiro militar, que já recebeu
60 intenções de compra de vários países, irá beneficiar todo o Cluster
Aeroespacial Brasileiro, formado por 120 empresas, sendo 100 delas associadas
ao Cecompi.
“Temos bastante mão de obra especializada na região, de
nível técnico e superior, com 11 mil engenheiros formados todos os anos, e eles
terão campo de trabalho no projeto do KC-390”, disse Chagas.
Fonte: Agência O Vale, 23 de novembro de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário