Teletime, sexta-feira, 23 de novembro de 2012, 16h41
Fontes que acompanham diretamente os trabalhos da Visiona, a
joint-venture entre Telebras e Embraer para o projeto do Satélite
Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), informam que ainda não foi
possível fechar o texto da RFP (request for proposal, ou pedido de propostas
para contratação) do satélite. A expectativa é de que o SGBC estivesse operando
até 2014. Entre os fatores que complicam uma definição da RFP está, sobretudo,
a complexidade do projeto. Segundo especialistas do setor de satélite ouvidos
por este noticiário e que têm experiência em contratações desse tipo, a
quantidade de detalhes técnicos que precisam ser especificados é muito grande,
sobretudo em um satélite com banda Ka. Há pouca experiência em contratações
desse tipo no mundo, pois não são muitos os satélites com cobertura na banda, e
a tecnologia envolve complicadores adicionais, pois é preciso especificar
elementos ativos do satélite e detalhes sobre a quantidade e a cobertura dos
feixes que serão usados para o serviço de banda larga. Uma vez lançado, não é
possível fazer alterações significativas na configuração dos feixes.
Sem especificações muito cuidadosas, dizem os especialistas,
o risco é comprar o que o fornecedor diz que é melhor, mas que não
necessariamente refletirá as necessidades da operação. As minutas de RFP já
estariam com mais de mil páginas. O problema no atraso é que o prazo de
operação, de 2014, começa a ficar inviável. Normalmente, um satélite de
comunicação geoestacionário, como é o SGDC, precisa de pelo menos três anos
para ser produzido e lançado. E no caso brasileiro, paralelamente a isso, será
preciso ainda construir o centro de operações, o parque de antenas e treinar o
pessoal responsável por manter os serviços em funcionamento.
Recentemente, o ministro Paulo Bernardo deu delcarações em
que previa o satélite apenas para o final de 2014, prazo ainda assim
considerado inexequível por especialistas no setor.
Fonte: http://www.teletime.com.br/23/11/2012/proposta-de-compra-do-satelite-brasileiro-ainda-nao-esta-concluida/tt/312909/news.aspx
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