terça-feira, 4 de setembro de 2012

O futuro da Gol



Biggest Airline Debt Spurs Gol Asset Sale Talk

Gol Linhas Aereas Inteligentes SA (GOLL4)’s $1.6 billion debt load, the most of any major airline worldwide relative to profit, is fueling speculation it will sell assets to raise cash or merge with another carrier.
Net debt equaled 25 times Gol’s earnings before interest, taxes, depreciation and amortization, or Ebitda, in the 12 months ended June 30, the highest ratio among 31 carriers with a market value above $1 billion, data compiled by Bloomberg show. That compares with a ratio of 3.4 for Santiago-based Latam Airlines Group SA (LAN), 1.3 for United Continental Holdings Inc. and 0.2 for European discount carrier Ryanair Holdings Plc (RYA), the world’s least indebted airline.
A Gol Linhas Aereas Inteligentes SA airplane takes off as an oil rig stands in the Guanabara Bay of Rio de Janeiro. Photographer: Dado Galdieri/Bloomberg
Gol has named a new chief executive officer, cut jobs and eliminated flights this year after posting losses in four of the past five quarters and surrendering market share to Latam Airlines’ Tam SA. Gol plans to take its Smiles mileage-program unit public in the second half of 2013, a person familiar with the transaction told Bloomberg News on Aug. 15.
“I wouldn’t like to be in their shoes,” Eric Conrads, who helps manage $1 billion in stocks at ING Groep NV in New York, said in a telephone interview. “They could raise ticket prices, but they are not market leaders and it means they would sacrifice more market share. They are not in a position to sacrifice market share right now.”
A decision on a Smiles IPO will be made by the end of the year, Gol Chief Financial Officer Edmar Prado Lopes Neto said in a telephone interview on Aug. 28. Lopes Neto became CFO and investor relations director after Leonardo Pereira resigned from the post on Aug. 15 to become the head of Brazil’s securities regulator.

Smiles IPO

Gol fell 4 percent to close at 9.31 reais in Sao Paulo trading, while the Brazilian benchmark Bovespa index gained 0.4 percent. The stock lost 25 percent this year, compared with a 0.9 percent gain for Bovespa index. Gol, Brazil’s second-largest airline by market share, trades at 1.7 times its book value, compared with 2.2 times for Latam Airlines and 1.2 times for the Bovespa index.
The Sao Paulo-based company is seeking to turn Smiles into a separate business unit by the end of this year before starting the IPO process, said the person familiar with the plan, who asked not to be identified because the talks are private.
Gol announced in December that Delta Air Lines Inc., the world’s second-biggest airline by traffic, agreed to buy a $100 million stake and that the carriers would begin booking passengers on each other’s jets.

‘Positive Step’

The Brazilian airline reported a loss of 715 million reais ($352 million) in the second quarter, the biggest among major airlines after Air France-KLM. Gol posted an Ebitda loss of 222.6 million reais, more than twice the median forecast for a loss of 82 million from five analysts in a Bloomberg survey.
“Gol has reported some pretty weak earnings in the past quarters, with a weaker currency pushing the company’s debt higher and higher,” Fausto Gouveia, who helps manage 380 million reais at Legan Administracao de Recursos, said in a phone interview from Sao Paulo. “They need to make some big move to turn things around. Selling the Smiles unit would be a positive step.”
The airline’s net debt reached 3.27 billion reais in June, of which 70 percent is linked to the U.S. dollar. The real has dropped 8.1 percent this year, the worst performing currency among 25emerging markets tracked by Bloomberg.
“The bulk of our debt is due in four years from now,” Gol CFO Lopes Neto said. “By then margins will have recovered.”
Recent cost-cutting measures may be enough to ease pressure to sell assets or merge, said Henrique Florentino, an analyst at UM Investimentos.

Improving Margins

“Operational margins should improve in coming quarters,” he said in an interview from Sao Paulo. He has a hold recommendation on the stock.
Gol sees no room to cut fares even as Tam wins more passengers, Paulo Kakinoff, who took over as CEO in July, said in a telephone interview on Aug. 16.
“The cost pressure is so high now, we can’t think of a reduction of yield,” he said. Yield is the average fare for each seat flown a kilometer, an industry benchmark that reflects both revenue and air-travel demand.
Gol’s market share in Brazil fell to about 33 percent in July from 38 percent a year earlier, while Tam’s rose to 42 percent from 41 percent, according to the civil aviation regulator.
The loss in market share may boost pressure to merge as the domestic industry consolidates, said Laurence Balter, who oversees $100 million for Oracle Investment Research, based in Fox Island, Washington. Cost-cutting measures may not be enough, he said.

Choking on Debt

Chile’s Lan Airlines SA completed the acquisition of Tam in July, creating Latam Airlines, while closely held Azul Linhas Aereas Brasileiras SA bought Trip Linhas Aereas SA in May.
“With a negative cash flow, they have two choices: look to merge with another carrier or receive a massive equity injection,” Balter said in an e-mailed response to questions. “Aircraft depreciate and require buckets of money to maintain, and unless an airline leases or pays cash for its equipment, debt will always choke them to death.”
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O futuro da Gol, segundo analistas

Autores: Ney Hayashi e Lucia Kassai,

A dívida líquida de US$ 1,6 bilhão (R$ 3,2 bilhões) da Gol, o maior dentre o de todas as grandes companhias áreas do mundo em relação aos lucros, está alimentando especulações de que a companhia vai vender ativos para levantar caixa, ou vai se fundir a outra companhia aérea.
O endividamento líquido da Gol chegou a 25 vezes o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) nos 12 meses encerrados em 30 de junho, a maior relação entre 31 companhias aéreas com valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão, segundo dados compilados pela Bloomberg. Isso se compara a uma relação de 3,4 para a Latam Airlines, do Chile; 1,3 para a United Continental, dos Estados Unidos; e 0,2 para a companhia aérea de descontos Ryanair, a menos endividada do mundo.

A Gol nomeou um novo presidente-executivo, eliminou empregos e reduziu o número de voos neste ano, depois de registrar perdas em quatro dos últimos cinco trimestres e ceder participação de mercado à TAM, da Latam Airlines. A Gol pretende abrir o capital de sua unidade de programas de milhagem Smiles no segundo semestre de 2013, segundo informou uma pessoa a par da transação à Bloomberg em 15 de agosto. "Não gostaria de estar na pele deles", diz Eric Conrads, que ajuda a administrar US$ 1 bilhão em ações para o ING em Nova York. "Eles poderiam aumentar os preços das passagens, mas eles não são líderes de mercado e isso significa que eles sacrificariam mais participação de mercado. E eles não estão em posição de sacrificar participação de mercado no momento."
Uma decisão sobre a abertura de capital da Smiles será tomada até o fim do ano, segundo disse o diretor financeiro da Gol, Edmar Prado Lopes Neto, em uma entrevista por telefone em 28 de agosto. A ação da Gol subiu 1,4% na Bolsa de Valores de São Paulo em 31 de agosto, para R$ 9,70, levando a perda acumulada no ano para 22%, em comparação à valorização de 0,5% do índice Bovespa.
A ação da Gol, segunda maior companhia aérea brasileira em valor de mercado, é negociada a 1,7 vezes o valor contábil, em comparação a 2,2 para a Latam Airlines e 1,2 para o índice Bovespa. A companhia de São Paulo está tentando transformar a Smiles em uma unidade de negócios separada até o fim do ano, antes de iniciar o processo de abertura de capital, segundo disse uma fonte familiarizada com o plano, que pediu para não ser identificada porque as negociações são sigilosas.
A Gol anunciou em dezembro que a Delta Air Lines, a segunda maior companhia aérea do mundo em tráfego, acertou a compra de uma participação de US$ 100 milhões e que as duas companhias começarão a agendar passageiros nos aviões uma da outra.
"A Gol apresentou alguns resultados bem fracos nos últimos trimestres, com a moeda mais fraca elevando cada vez mais o endividamento da companhia, disse Fausto Gouveia, que ajuda a administrar R$ 380 milhões na Legan Administração de Recursos, em uma entrevista por telefone de São Paulo. "Eles precisam fazer algumas grandes mudanças para recuperar as coisas. Vender a unidade Smiles seria um passo positivo."
O endividamento líquido da companhia atingiu R$ 3,27 bilhões em junho, dos quais 70% estão atrelados ao dólar. O real acumula uma desvalorização de 8,1% no ano, a moeda de pior desempenho entre os 25 mercados emergentes monitorados pela Bloomberg.
"A maior parte de nossa dívida vence em quatro anos a partir de agora", diz Lopes Neto, o diretor financeiro da Gol. "Até lá, as margens serão recuperadas."
Medidas recentes de corte de custos poderão ser suficientes para aliviar a pressão para a venda de ativos ou para uma fusão, diz Henrique Florentino, analista da UM Investimentos. "As margens operacionais devem melhorar nos próximos trimestres", diz ele, que tem uma recomendação de "manter" para a ação. A Gol não vê espaço para uma redução nos preços das passagens mesmo no momento em que a TAM conquista mais passageiros, disse Paulo Kakinoff, que assumiu como presidente-executivo em julho, em uma entrevista por telefone em 16 de agosto.
"A pressão dos custos é tão alta no momento, que não conseguimos pensar em uma redução do yield", disse ele. Yield é o preço médio da passagem para cada assento por quilômetro voado, um índice que reflete a receita e a demanda. A participação de mercado da Gol caiu para cerca de 33% em julho, em comparação a 38% um ano antes, enquanto que a da TAM aumentou de 41% para 42%.
A perda de participação de mercado poderá aumentar as pressões para uma fusão, na medida em que o setor doméstico de transporte aéreo for se consolidando, diz Laurence Balter, que supervisiona US$ 100 milhões para a Oracle Investment Research, nos Estados Unidos. Segundo ele, as medidas de corte de custos poderão não ser suficientes. (Tradução de Mario Zamarian)

Valor Econômico, 4 de setembro de 2012

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