A companhia poderá ter possíveis adiamentos na entrega de
aeronaves devido às dificuldades econômicas de seus clientes e/ou de clientes
de aeronaves comerciais que tenham, segundo diz o Citi
SÃO PAULO - Após encontro com executivos da Embraer (EMBR3),
a equipe do Citi concluiu que a companhia enfrentará muitos riscos no curto
prazo, mas ressaltou que a fabricante de avião se mostrou confiante com seu
desempenho no longo prazo.
Para um período menor, a instituição avalia que a companhia
de aviação poderá ter possíveis adiamentos, ou cancelamentos, na entrega de
aeronaves devido às dificuldades econômicas de seus clientes e ou de clientes
de aeronaves comerciais que tenham, de forma discutível, feito encomendas a
pedido de políticos, como China, ao invés dos pedidos serem gerados pela
necessidade interna, econômica, desses clientes. A recomendação para ação é de
manutenção.
Segundo a empresa, a diretoria pintou um quadro positivo
para a empresa o longo prazo, mesmo reconhecendo as dificuldades enfrentadas no
curto prazo, incluindo a demanda mundial apenas morna por jatos de negócios
menores e o possível aumento da pressão sobre os preços com a entrada de novos
jatos comerciais no mercado, como os da Mitsubishi Heavy Industries.
A Embraer continua vendo dificuldades na tendência da
demanda de curto prazo no negócio de jatos. A diretoria citou as incertezas
macroeconômicas como um dos fatores por trás dos cancelamentos de pedidos, mas
também se mostrou animada com o lançamento dos jatos Legacy 500 e 450 no médio
prazo.
O Citi destacou que, durante o evento - realizado nos
Estados Unidos - participantes pressionaram a Embraer, declarando que a
diretoria tem sido otimista demais em relação aos pedidos de jatos comerciais.
Durante o encontro, Embraer informou que está concentrada num possível pedido
da Delta Airlines para este ano e em pedidos potenciais da American Airlines e
da United para 2013.
Para o médio prazo, a empresa citou a demanda mundial apenas
morna por jatos de negócios menores e o
possível aumento da pressão sobre os preços com a entrada de novos jatos
comerciais no mercado, como os da Mitsubishi Heavy Industries. Da mesma forma,
o Citi vê pressão sobre o negócio de jatos de fuselagem estreita devido ao
crescimento econômico mais lento nos EUA e na UE (União Europeia), aos níveis
altos dos estoques mundiais e aos lançamentos de produtos pela concorrência -
como o Citation M2 da Cessna.
A presença maior de jatos Bombardier nas frotas da Delta e
de suas afiliadas poderia levar a empresa a fazer novos pedidos por aviões
Bombardier ou a dividir um pedido entre a Embraer e a Bombardier a fim de
reduzir os custos extras associados com a manutenção de diferentes tipos de
aviões.
Por Tatiana Fernandes Gurjão
Infomoney, 08 de outubro de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário