Itajubá (MG), 02/10/2012 - O ministro da Defesa, Celso
Amorim, afirmou hoje que o início da produção dos helicópteros EC-725 na
fábrica da Helibras, em Itajubá (MG), representa um grande impulso para o
desenvolvimento da indústria nacional e para absorção de tecnologia por
profissionais brasileiros. “Pude observar aqui, com grande satisfação, um
compromisso no desenvolvimento da tecnologia brasileira, da nossa capacidade de
realizar o projeto e não apenas absorver o que vem de fora”, disse.
O contrato prevê a produção e a entrega de 50 unidades, que
serão distribuídas entre as três Forças Armadas — 16 para cada uma — e a
Presidência da República, que receberá duas aeronaves. Quatros helicópteros do
total previsto já foram recebidos pela Presidência e pelos comandos militares.
Outros três serão entregues até o fim do ano à Marinha, Exército e Aeronáutica.
Cumprindo o estabelecido na Estratégia Nacional de Defesa
(END), o contrato para produção dos helicópteros prevê transferência de
tecnologia francesa e índice de nacionalização de 50% das aeronaves. “Nós
vamos, ao longo do tempo, continuar acompanhando de perto o projeto para ter
certeza de que isso (transferência de tecnologia) ocorra”, disse o ministro da
Defesa.
Antes de discursar para uma concorrida plateia formada por
empresários, trabalhadores, políticos e comandantes militares, Amorim visitou
as instalações na Helibras, onde conheceu parte dos 70 engenheiros brasileiros
que trabalham na fábrica.
Ele manifestou satisfação em perceber que começa a se
concretizar o compromisso firmado pela Eurocopter de realização e
desenvolvimento do projeto das aeronaves no Brasil. “Não somente transferindo
tecnologia, mas aproveitando a capacidade dos nossos engenheiros de inovarem,
de serem donos, efetivamente, dos projetos que serão aqui criados”, disse o
ministro.
Transferência de tecnologia
O contrato para fabricação dos 50 helicópteros é da ordem de
€ 1,9 bilhão, com investimento de R$ 420 milhões realizados na construção do
novo hangar e de todas as instalações auxiliares, como um banco de testes, além
de treinamento, implantação do simulador de voo, produção de ferramental e
contratação das empresas que fornecerão partes, peças e serviços para a nova
aeronave, a qual terá 50% de conteúdo nacional, de acordo com o contrato
assinado entre o Governo e o consórcio Helibras/ Eurocopter.
Além do crescimento físico, a Helibras informa que vai
triplicar o número de empregados por conta deste programa, que capacitará
também a empresa para produzir a versão civil deste mesmo novo helicóptero,
chamada EC-225 e utilizada em operações offshore (transporte entre o continente
e as plataformas de petróleo). De 300 trabalhadores quando da assinatura do
contrato, em 2008, a empresa deverá chegar a 1 mil pessoas em 2017, sendo que
atualmente já conta com mais de 700 profissionais — a maioria de perfil
técnico.
Outro resultado importante que este projeto trará, segundo a
Helibras, é a qualificação da empresa para que, dentro de dez anos, esteja
capacitada para conceber, projetar e construir totalmente no país um
helicóptero, já que todo o know-how que está sendo adquirido transformará a
unidade brasileira em um dos pilares globais de produção e comercialização do
Grupo Eurocopter.
Participaram da cerimônia de inauguração do novo hangar o
governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia; o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; o senador Jorge Viana
(PT-AC); os comandantes da Marinha, almirante Julio Moura Neto; do Exército,
general Enzo Peri; e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito; o chefe do
Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi; além do
CEO do grupo Eurocopter, Lutz Bertling, e o presidente da Helibras, Eduardo
Marson.
Ministério da Defesa, 2 de outubro de 2012.
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