segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Satélite não precisará ter conteúdo nacional



O primeiro satélite geoestacionário brasileiro não terá exigência de conteúdo nacional. A Visione, uma joint venture controlada pela Embraer (com 51% do capital) e pela Telebras (49%) será a responsável pelo projeto.

"Nesse primeiro, não vai ter [índice de nacionalização]. Não há como impor isso neste momento", diz Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.

"A gente absorve um pouco de tecnologia, e aí um segundo satélite pode ter maior conteúdo nacional."

Quanto à imposição de transferência de tecnologia, Aguiar também é cético.

"Acreditamos que é difícil alguém transferir tecnologia para outro. Temos de ter capacidade de absorção e, em alguns segmentos escolhidos, aprender vendo fazer."

O satélite geoestacionário (que fica "estacionado" em relação a um ponto da Terra) terá uso dual: comunicações estratégicas de governo e expansão da banda larga, principalmente em regiões carentes.

Aguiar afirma que a empresa já foi criada. "Estamos em fase pré-operacional, ouvindo proponentes para a elaboração de contrato. Há diversos fornecedores interessados da Ásia, dos EUA e da Europa."

A abertura de propostas para fornecedores deverá ser concluída a partir do primeiro trimestre de 2013. Comenta-se que o custo será de cerca de R$ 720 milhões, mas, segundo Aguiar, o valor não está decidido e dependerá do contrato com o Ministério das Comunicações. No projeto estão também os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Defesa.

A Visione funcionará em um parque tecnológico em São José dos Campos (SP), onde há empresas do setor.

Folha de S. Paulo, Mercado Aberto
15 de outubro de 2012

Maria Cristina Frias

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Nota: Não é Visione; é VisionA.
Comment: It is not Visione; VisionA is the correct name of the Company.



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