O primeiro satélite geoestacionário brasileiro não terá
exigência de conteúdo nacional. A Visione, uma joint venture controlada pela
Embraer (com 51% do capital) e pela Telebras (49%) será a responsável pelo
projeto.
"Nesse primeiro, não vai ter [índice de
nacionalização]. Não há como impor isso neste momento", diz Luiz Carlos
Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.
"A gente absorve um pouco de tecnologia, e aí um
segundo satélite pode ter maior conteúdo nacional."
Quanto à imposição de transferência de tecnologia, Aguiar
também é cético.
"Acreditamos que é difícil alguém transferir tecnologia
para outro. Temos de ter capacidade de absorção e, em alguns segmentos
escolhidos, aprender vendo fazer."
O satélite geoestacionário (que fica "estacionado"
em relação a um ponto da Terra) terá uso dual: comunicações estratégicas de
governo e expansão da banda larga, principalmente em regiões carentes.
Aguiar afirma que a empresa já foi criada. "Estamos em
fase pré-operacional, ouvindo proponentes para a elaboração de contrato. Há
diversos fornecedores interessados da Ásia, dos EUA e da Europa."
A abertura de propostas para fornecedores deverá ser
concluída a partir do primeiro trimestre de 2013. Comenta-se que o custo será
de cerca de R$ 720 milhões, mas, segundo Aguiar, o valor não está decidido e
dependerá do contrato com o Ministério das Comunicações. No projeto estão
também os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Defesa.
A Visione funcionará em um parque tecnológico em São José
dos Campos (SP), onde há empresas do setor.
Folha de S. Paulo, Mercado Aberto
15 de outubro de 2012
Maria Cristina Frias
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Nota: Não é Visione; é VisionA.
Comment: It is not Visione; VisionA is the correct name of the Company.
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