Marinha recebe amanhã primeira embarcação, de uma flotilha
de três, vinda da Inglaterra
04 de outubro de 2012
ROBERTO GODOY - O Estado de S.Paulo
O mais moderno navio de patrulha oceânico da Marinha, o
P-120 Amazonas, chega amanhã ao Rio e começa a trabalhar quase imediatamente -
sua missão é vigiar os interesses do Brasil no mar, a rede de plataformas de
exploração de petróleo, ou as reservas em águas profundas, como a província do
pré-sal.
É o primeiro de uma flotilha de três navios, comprada no fim
de 2011 do estaleiro britânico Bae Systems. Um negócio de oportunidade: o
contrato, de R$ 364,4 milhões, envolve o pacote completo das embarcações, que
operam um helicóptero armado e mais duas lanchas. Deslocam 2 mil toneladas. O
armamento básico é formado por um canhão principal de 30 mm, dois canhões
auxiliares de 25 mm, duas metralhadoras .50 e pontos de fixação para fuzis 7.62
mm.
A tripulação é de 81 militares, com capacidade para receber
outros 39 combatentes como tropa embarcada. Medem 91 metros e têm autonomia na
faixa dos 7.300 quilômetros.
O preço unitário, R$ 109 milhões, está levemente abaixo do
valor de mercado. "A principal vantagem é a garantia de utilização
imediata", explica o almirante Júli0 Moura Neto, comandante da Marinha. A
aquisição prevê R$ 37 milhões aplicados no treinamento primário de pessoal
técnico, e extenso estoque de peças, componentes e material de manutenção.
Os navios foram encomendados em 2007 pela força naval de
Trinidad e Tobago. Atingido pela crise mundial, o país não conseguiu o
financiamento e desistiu do negócio. Até 2013 serão entregues o Apa e o
Araquari. A viagem de entrega do Amazonas começou no estaleiro da Bae, em
Portsmouth, Inglaterra, há dois meses. No trajeto a tripulação ensaiou, no
litoral da África, ações antipirataria - delito que preocupa o Ministério da
Defesa.
Foto: Site Tecnologia & Defesa
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